Interesses ou solidaridade

GÂNDARA - Napoleão dizia há muitos anos atrás, que os homens estão mais dispostos a lutar pelos seus interesses que pelos seus direitos.
Essa ideia, desde sempre traduzida na prática por aquilo que se chama "real politique", ressurgiu nos finais do século XX, quando Reagen e Margaret Thatcher implantaram os princípios do neoliberalismo. Era o renascer da visão dos economistas que sustentavam que os seres humanos tomam sempre decisões racionais, consciente ou inconscientemente, que maximizem os seus interesses económicos.
Entretanto, muitos psicólogos abandonaram recentemente a tal visão puramente utilitarista por ser muito redutora ou simplista. Os recentes avanços nas ciências cognitivas permitem agora aproximar-se da questão de diferentes maneiras, obtendo-se resultados intrigantes. Será a justiça um simples truque que adoptamos só quando secretamente vemos nisso vantagens egoístas? Ou o cérebro humano está configurado para compreender o sentido da equidade?
O que o Gandarês leu AQUI deixa-nos alguma esperança.

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